quarta-feira, 28 de maio de 2014
Um poema para chamar de seu
Todo problema que eu tenho é menor que o mar
a vida é maior que o tempo.
Como eleger memórias sem importância?
Sou mundo e mundos.
Entonação de frases que animam almas
flores como samurais
de leveza e honra.
A beleza como um bom poema
desprevenido de sua falta
esperando o cair da noite
ou o Sol e o seu verão.
É uma nova palavra
que navega pelo rio do desespero
trás a esperança em mim
porque entende o mar.
Apenas consigo andar contigo
de forma lenta.
Você está vestida de festa
sorri como canções amarelas sem muro
e narra o texto da liberdade
em um silêncio vertical.
É o convite para seguir o Norte
e minha fé não cabe numa casa.
Sou mundo e mundos
porque minha alma é maior que o mar.
Navego.
Sou sacerdote do silêncio que me deixou a sós com você
e graças ao esqueleto das palavras
não há distâncias.
" Não percas a tua fé ante as sombras do mundo".
Se hoje houver desistência
amanhã
procure saber o que é o mar.
terça-feira, 27 de maio de 2014
Poema 42
De tudo
somente posso amar-te sem palavras.
Te procurei com o infinito nas costas
com vontade
e a esperança de um rio
alegre de seu destino.
Sem você
eu era noite
em sua escuridão mais pura
e o inverno subterrâneo
não renascia.
Enquanto o céu ardia
eu apenas intuía ser você
o cometa esperado.
Não tinha data
não tinha nome
apenas sabia de você.
Quando te vi
reconheci a compreensão do eterno a cada segundo
a vitória sobre a vida.
Seu silêncio é a ordem de cada coisa em seu lugar
o prazo justo
no Corredor Absoluto.
Seu beijo nasceu em mim
como chuva no deserto em tempos avulsos.
Seus olhos verdes
construíram perfumes em meu caminho:
o destino das Vontades em Perfeição.
Seu beijo é fome da tranquilidade.
A noite são valores
que não se podem perder
e ao dormir
basta um dia cansado
para renovar a fé.
Só o amor penetra nas dúvidas
e depois das estrelas
preferi seu beijo em gotas
com toda calma
e morada da vida.
Por você
faria tudo de novo
com a certeza de te encontrar:
você é o subterrâneo das coisas.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Fôlego
Volta
volta e me encontra.
Ainda que minha única ambição
seja que as mãos se tornem terras avulsas
de perguntas distantes.
Volta
respira.
Você ainda chama meu nome
em um só fôlego.
Eu ainda quero a paz de não ter pressa
o merecimento de uma paixão precária
mas
intensa
sóbria
sem nostalgia.
A mística das cores coloridas em seu corpo
um coração para pulsar o céu.
Volta.
Volta com pele
e calor da manhã azul
sem nome.
Volta
volta e me chama com o fôlego das casas
e do seu rosto na pele do Sol.
Volta.
Volta que eu sou o céu da janela
e você ainda me chama com o eco da sua língua doce.
Seu gosto é a ressurreição da Terra
voz
e esgrima dos homens.
Quarto escuro do Paraíso
de onde você me chama
não há mais órfãos.
Volta.
Volta e come o fruto maduro:
o que move a Terra
é ressuscitar a escuridão.
Volta
e em um só fôlego
vive:
um dia o mundo será nós.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Poema de nada
Não insisto quanto às coisas abandonadas.
O amanhã nos alcançará
infalível.
Um novo caminho regula a poesia
antes do 1º verso
ainda.
Guarda a noite antes do mistério
porque o que fala:
silêncio.
Assinar:
Postagens (Atom)