sexta-feira, 30 de março de 2012

Onde me encontrar em links

Oi Pessoal!

Faz algum tempo que não uso este espaço para uma  "conversa" com você que abrilhanta este recanto da poesia.

 Hoje, além de conversar um pouco, farei algumas "indicações", fruto do reconhecimento de almas bondosas que tem acreditado em meu trabalho.

Antes, gostaria de dizer uma coisa: Na interminável condição das possibilidades, hoje sou aprendiz-poeta.  Mas, posso me dar ao luxo em dizer que sou um Vagabundo Erudito.

Aqui a Poesia é Livre, marginal. Vem da necessidade que todos temos da auto-expressão, dar vazão ao que existe de mais perfeito em nós pela Arte, no meu caso Poesia.
Arte vira decoração se não for integrativa e com a Poesia não é diferente.  A Poesia deve ir de encontro às pessoas mobilizando a centelha criadora/criativa que habita em nós.
 Não ver na pedra só a pedra, no vidro só o vidro ou no homem só o homem, este é o dever da Poesia e do poeta.

No " Tratado dos Sentimentos" não existe esta dicotomia maldosa que reduz tudo a " isto  ou aquilo". Veja, por exemplo com Chaplin, como a vida do Vagabundo é integral, ordinariamente difícil, mas estupenda: o Vagabundo é a materialização da espontaneidade, da esperança que o amanhã sempre sorri; é o "maluco beleza" que interroga e desconstrói... pois acreditar na loucura é crer, assim como Jung ( um dos meus "mestres" ) que ser normal é o objetivo do homem medíocre.

Aqui vai o primeiro link. Eu disse um pouco sobre meu ( breve) percurso nas letras , a "função da arte" e outras coisinhas na entrevista que fiz com o jornal ABCDMaior. ( meu agradecimento a toda equipe do  Jornal e em especial ao jornalista Caio Luiz pela atenção e o tratamento dado à matéria.)
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=39062

Como deixei o blog "off" por algum tempo ( aliás, como já preparo um lançamento com um material autoral vou diminuir minhas postagens...) andei participando de algumas Antologias para "sentir" como é a questão da publicação. Aqui segue o link da Antologia " Poetas de Sampa" que participei com a Poesia Voz . ( esta é a única que tenho o link e que disponibilizou o material na web também)
http://www.bookess.com/read/11811-poetas-de-sampa/

Bom, e como Poesia também é Amor, convido vocês a conhecerem " Não falo do Amor, mas do refúgio da sorte" que  escrevi e foi publicada no Nota Independente. Este texto foi escrito para meu grande Amor Luah Kugler.
Meus agradecimentos ao amigo e pastor das palavras Rubem Leite e ao editor do N.I. Bruno Bergê
http://www.notaindependente.com.br/2012/03/nao-falo-do-amor-mas-do-refugio-da-sorte/

E para você que tetem Facebook, ficarei muito feliz em contar com a sua  presença  na página do Palavras.
É só "curtir" para acompanhar as atualizações da página e do blog ( já que nem sempre o que posto aqui posto lá e vice e versa)
Basta colocar " Palavras e Gavetas" no buscador do Facebook ou clicar no link abaixo

http://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=128741237251168&id=100001727687414#!/PalavrasEGavetas

Bom, para você que chegou até aqui, meu muito obrigado!
E para você que não chegou, meu muito obrigado também!

Ótimo final de semana!

Inspirações duradouras!

Thiago Domingues
  

terça-feira, 27 de março de 2012

Seco

Foto: http://www.flickr.com/photos/niquemarcon/







A tristeza é vaidade dócil.

Este sentinela manco
busca entre um passo e outro
um chão para se apoiar.

Deixo  entrar toda miséria
todo rio que o homem culpou
expurgando sua mágoa
que transcende o descontentamento.

O mistério que te invade
é o bem-querer da entrega
que sorri em cada poro.

Vamos!
dê esperança às pernas que antes tremiam
hoje são sorrisos  e jogos
amanhã criarão galáxias
um acervo próprio de colares e esmeraldas
com o destino à coroar.

Brinde!
cale enquanto todos falam
e festeje cada gota de silêncio.

Desvirtue a prosa
vivendo pelo avesso das situações.

A vitória como ganância
é um sopro a queimar serenidade
Obsessão ingrata
um fraco a querer discípulos
vestindo a claridade opaca da decepção.

O medo é sinal que estou no caminho certo
E a desistência
areia movediça que me assombrará.

A vida pode ser futuro ou abismo
e o que nenhuma Filosofia se atreveu a dizer.

Crônica do abismo
janela da repetição
é o Dogma cego
que ninguém se atreveu a ver.

O esquecimento
como específica digestão de todo mal
pode ser uma das causas da Liberdade
ou o fetiche como instrumento
mal estar da repetição
que azeda
apodrece
limita a imaginação no opaco
no concreto
na mais fértil das mentes.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O MURMÚRIO DO ASFALTO EM 4 CENAS

Foto: Fernanda Fernandes


[cena 1]
Busquei o abrigo da solidão em indagações cotidianas.
Encontrei ferido o peito de quem sofre,
( e enquanto corria)
 resignado à dor
contava os passos enquanto sorria.


[cena2]
Outro pensava alto
mas seu pensar  desligado
encontrou no mormaço
a história que não lhe cabia.

[cena3]
Continuei
soprei nuvens frágeis
como um diálogo entre a Terra e o Céu
e o perfume constante do acaso
afogou em pedaços
O mar vazio cruel.

[cena4]
Interrompeu a leitura
vidas e glórias
por um pensamento barato
que não conhecia.
Pensou no amor
pesou a saudade
e a felicidade
(bem querer em forma de açoite)
 fez-se girassol
no plano de cada noite.

Inspiração
inequívoca inspiração!
Saber ver o tempo
não é viver as horas.
E na rogativa ao alto
terreno plano que conhecia
encontrou na cama
abraço inerte de quem clama
enfim,
tudo aquilo que merecia.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Foto: Fernanda Fernandes



 Em um país dos bem amados,
uma porção de terra esquecida
se ouve uma valsa animada
folclore de gente sofrida.
Cada homem ensina seus passos
com a convicção da lição aprendida
e  o sabor da panela de barro
o artesão seu louvor glorifica.


Sob as telas  do oceano
em garrafas de tempo perdido
(eis a morada do mundo)
o corpo todo se arma escondido

E se renova...

piano de pegadas certas
farol das maravilhas
nos ombros da floresta
e o segredo que o passarinho contou.
Lembranças originais
como cada pingo de chuva
coroas de maré cheia
e o lençol que humanidade se cobre
em sonhos conjuntos.


E no meio de cada passo
lembrar não é mais estar sozinho.
É pedir ajuda ao tempo que passa
lustrando o ouro na poeira que fica
o sorriso mudo não é mais atraso
que descortina o alvo que mira
saboreando a ilusão em pedaços:
vidros opacos dão brilho à vida!

sexta-feira, 9 de março de 2012

 Este post é para um grande amigo!

Alvinho ( mais conhecido como Burns) muito obrigado pela motivação em acreditar que é possível dar vida aquilo que sai das nossas gavetas!

A imagem é ilustrativa de uma das nossas maiores inspirações: O Cafezinho diário!

Amigo, tutor das mídias digitais e tantos outros adjetivos, minha gratidão. Sempre!


Obs: Este é um dos meus primeiros textos...



De tudo quis um pouco
à face dobrada,
recusa o porto da noite
farol de luz forjada.
Prefere o lampião soturno
a desembarcar medos
que ficam e encontram mais força.

Cada estação é mais de si que entra

passageiro descompromissado com o rumo da viagem
quer apenas ir
e vai voltar com a mesma pressa que foi
para voltar tão breve quanto chegou
e contemplar jardins de sorrisos artificiais
planeta fosco sem oxigênio.

Fez na ilusão seu lar
e o cenário de uma vida vista por fora
Mas não sua
Nunca sua.

O que é seu é a vontade de ir,
nunca de ficar
mal sabe que viver é ousar
é estar para ser.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Foto: Diogo R. Gonçalves


Da realidade enquanto tempo
do fim enquanto recomeço
da certeza como fuga.

Crio realidades para fugir do cotidiano.
Versos comprometidos com a falta de ilusão
fantasia clandestina do tempo
desgaste natural das horas...

Que não seja mais uma folha que caia
mas o mundo em desmoronamento
e que não seja qualquer tropeço piada,
já foi o tempo em que a risada
era o trunfo da solidão.

E o tempo como arte
afunda o caos mediano
devastando
roendo em partes
as brechas
as portas
o corpo todo
do monstro alado
suspiro indiferente
da saudade que inspira compaixão.

Nos trilhos
nas linhas
das ruas
apenas repetição.

No trânsito de apelos
sinceros ou não
(Quem sou eu para falar dos seus?)
me volto
viro e vejo:
café com gosto de saudade
bom dia com gosto de beijo.


Para conhecer mais do fotógrafo Diogo Gonçalves, recomendo o acesso ao http://www.flickr.com/photos/diogolhh/



segunda-feira, 5 de março de 2012












Eu nasci e o mundo fez-se mundo para mim
(sou apenas linha Deste que me criou)
há em mim um sentimento que pulsa
preenche o vazio de cada linha,
assim como faz com a vida.

Pobre de mim falar de sentimentos.
(poeta-aprendiz)
retrato as dimensões
falo do que vejo e vivo.

É preciso ter respeito ao atravessar a fronteira do sagrado...
vocês projetaram Deus com as limitações do homem
e agora sofrem com medo dele!

Minha Fé é o rebanho das possibilidades.

Entretanto,

Leio o futuro com verbos tristes:

é muito mundo
é tudo de tudo
e o nada?
Nada é desnudo
fundo
Verbo, certo, mudo

E o simples é robusto...

A simplicidade é um pastel de feira
e tudo aquilo que cala.

Não sou daqueles que faz estardalhaço com barulho que ouço
apenas cuido do que gosto.
(Se faz bem cuidar da humanidade inteira?..)